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Exército do Sudão conduz ataque de larga escala contra rivais na capital

Tropas sudanesas conduzem patrulha no país, em 3 de abril de 2024 [Ebrahim Hamid/AFP via Getty Images]

As Forças Armadas do Sudão lançaram uma ofensiva por terra e ar, de larga escala, contra posições adversárias da coalizão paramilitar Forças de Suporte Rápido (FSR), em Cartum, capital do país, nesta quinta-feira (26), informou a imprensa local.

O jornal Al-Sudani mencionou fontes militares ao confirmar a ofensiva. Conforme relatos, houve “pesadas perdas em vidas e equipamentos” entre a FSR.

Testemunhas reportaram barulhos de artilharia e bombardeio no centro de Cartum, assim como em Bahri, cidade satélite ao norte da capital. Trata-se da maior ofensiva das Forças Armadas em meses.

Segundo Hiba Morgan, correspondente da Al Jazeera em Cartum, o exército capturou três pontes estratégicas — incluindo duas que conectam a metrópole de Omdurman à capital, ao avançar ao palácio presidencial em meio a combates pesados.

Aviões da Aeronáutica sudanesa mantiveram voos sobre Cartum.

Vídeos postados nas redes sociais registraram soldados do exército regular posicionados em áreas controladas pelo grupo paramilitar desde a deflagração da guerra civil, em abril de 2023. A FSR não comentou os avanços rivais até então.

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O Sudão é tomado por conflitos entre os ex-aliados no golpe militar de outubro de 2021 — de um lado, o exército do general Abdel Fattah el-Burhan, do outro, milícias sob o controle de seu ex-vice-presidente, Mohamed Hamdan Dagalo, ou “Hemedti”.

Ao menos 12.260 pessoas foram mortas pela guerra, além de 33 mil feridos, sob violações denunciadas de ambos os lados, conforme estimativas das Nações Unidas. Cerca de 6.8 milhões de pessoas foram deslocadas à força.

Diversos acordos de cessar-fogo mediados por Arábia Saudita e Estados Unidos falharam em dar fim à violência.

Nesta quarta-feira (25), em paralelo à 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, António Guterres, secretário-geral da organização internacional, encontrou-se com al-Burhan, ocasião na qual ressaltou receios sobre a escalada.

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