Em 2002, Israel decidiu construir o chamado muro de separação. Em 2003, já havia construído 143 quilômetros da estrutura colossal, a maioria dos quais penetrou profundamente na Cisjordânia, o território palestino que Israel ocupou desde a Guerra dos Seis Dias de 1967. Sua rota através do território ocupado da Cisjordânia significa que o Muro infringe diretamente os direitos e as vidas de 210.000 palestinos que residem em 67 aldeias, vilas e cidades.
Nos 16 anos desde que a construção começou, as vidas de quase três milhões de palestinos que vivem na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém foram transformadas de forma quase irreconhecível. Checkpoints militares agora fazem parte da rotina diária das pessoas. O Muro separa os palestinos de suas terras; os moradores de Jerusalém são separados dos membros da família na Cisjordânia; ambulâncias e pacientes não podem chegar a hospitais e bebês nascem na rua.
Apesar de tudo isso, existem muitos mitos sobre o Muro de Separação que minimizam seu impacto sobre os palestinos e o descrevem como apenas um aspecto de uma supostamente “ocupação benigna”. Partes dele se tornaram espetáculos, cobertas com arte de rua e comercializadas como atração turística. A linguagem da “segurança” é freqüentemente empregada para justificar sua existência.
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