Tawakkol Karman, iemenita condecorada com o Prêmio Nobel da Paz, apelou ao povo sudanês para proteger a sua revolução de assaltos e “sequestros”.
“Enquanto Hemedti [Mohamed Hamdan Dagalo] e [o tenente-general Abdel Fattah] Al-Burhan estiverem no palácio presidencial, a revolução permanecera sequestrada… Tire-os de lá e sua revolução triunfará e será bem-sucedida… Cuidem bem de sua revolução porque ela está sendo roubada”, escreveu Karman no Twitter.
Em 11 de abril, o exército sudanês derrubou o presidente Omar Al-Bashir, encerrando três décadas de governo, após meses de protestos populares que pediam sua renúncia.
O exército formou um Conselho Militar de Transição (CMT) para administrar o país por um período de dois anos.
O conselho é chefiado pelo tenente-general Abdel Fattah Al-Burhan e pelo vice-presidente, major-general Mohammed Hamdan Dagalo, mais conhecido pelo apelido, Hemedti.
A oposição sudanesa considera os membros do conselho uma extensão do regime de Bashir e exige que o poder seja entregue a uma autoridade civil.