Riad Al-Maliki, Ministro palestino de Relações Internacionais, revelou ontem (10) que oficiais dos Estados Unidos lhe enviaram mensagens com o intuito de retomar contatos com a Autoridade Palestina (AP).
No entanto, Al-Maliki afirmou que não houve contato algum do governo americano, destacando que qualquer comunicação deve ser feita sob o reconhecimento de Jerusalém Oriental como capital da Palestina, segundo informações de ontem do jornal Al-Wattan Voice.
Al-Maliki – atualmente em visita a Nova Iorque para participar de uma reunião não oficial dos estados-membros do Conselho de Segurança da ONU sobre a questão palestina – declarou que os Estados Unidos pensam que podem seduzir os palestinos com dinheiro, ou que estes abram mão de Jerusalém ou de um futuro estado, conforme o Al-Wattan Voice, em citação ao jornal Al-Sharq Al-Awsat.
“Estão enganados,” afirmou Al-Maliki. “Os palestinos não estão dispostos a discutir qualquer plano que não inclua um estado palestino baseado nas fronteiras de 1967 e em Jerusalém Oriental como sua capital.”
Também exigiu que oficiais americanos cancelem sua decisão sobre Jerusalém: “Eles precisam reiterar seu respeito pela legitimidade internacional e pela solução de dois estados. Caso isso ocorra, não teremos problemas em nos sentar com eles.”
Quando perguntado se haveria lógica em precondições palestinas para sentar-se com os Estados Unidos, Al-Maliki respondeu: “Por que não? Quem está procurando quem? São os americanos que querem se sentar conosco!”
Enquanto isso, o chanceler enfatizou que os estados árabes não pressionam a Autoridade Palestina, mas sim “respeitam nossas posições e as comunicarão à administração americana”. Quanto a Egito e Arábia Saudita, ele afirmou que adotarão completamente as posições palestinas e garantiram: “Aceitaremos qualquer coisa que vocês aceitem e rejeitaremos qualquer coisa que vocês rejeitem.”