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Dois petroleiros sauditas sofrem ataque perto do mar dos Emirados Árabes

O Estreito de Hormuz, entre Irã, Omã e EAU [eutrophication&hypoxia/Flickr]

Riad anunciou segunda-feira (13) que dois navios-petroleiros sauditas foram atacados e vandalizados a caminho do Golfo Árabe, perto do mar territorial dos Emirados Árabes Unidos (EAU), cerca de 70 milhas de distância do Estreito de Hormuz, rota marítima essencial ao transporte internacional de petróleo.

“O ataque realizado no domingo almejou ameaçar a liberdade de navegação marítima e a segurança do abastecimento de petróleo aos consumidores de todo o mundo,” declarou o Ministro de Energia saudita, Khalid Al-Falih, na segunda-feira, sem apontar responsáveis.

Explicou: “No domingo, dois navios-petroleiros foram atingidos por atos de vandalismo a caminho do Golfo Árabe, perto da zona econômica exclusiva dos EAU, perto do emirado de Fujairah.” Acrescentou ainda que “um dos dois navios iria ser carregado com petróleo saudita da Refinaria de Ras Tanura, e então encaminhado aos Estados Unidos para abastecer os consumidores da Saudi Aramco.”

O oficial prosseguiu: “Graças a Deus, este ataque não resultou em mortes ou vazamento de combustível, embora tenha causado danos sérios à estrutura dos dois navios.”

O Ministro de Relações Internacionais dos EAU afirmou em declaração no domingo que quatro navios mercantes de nacionalidades distintas foram submetidos a operações subversivas perto do mar territorial em direção ao porto de Fujairah, na costa oriental dos EAU (70 milhas náuticas do Estreito de Hormuz).

O Ministro acrescentou que “as circunstâncias do incidente estão sendo investigadas em cooperação com forças nacionais e internacionais, e as partes interessadas anunciarão os resultados quando os procedimentos estiverem cumpridos.”

A declaração não deu detalhes sobre a nacionalidade dos navios; porém, sucedeu um informe preliminar dos EAU que negou a ocorrência de explosões no porto de Fujairah. No início da semana, os Estados Unidos anunciaram a preparação para envio de um porta-aviões e bombardeiros estratégicos ao Oriente Médio após “indicações de uma ameaça real das forças do regime iraniano.”

Diante de um ambiente grave de tensões entre Washington e Teerã, a emissora com base nos Estados Unidos Al Hurra TV citou o Secretário de Defesa americano em exercício com a seguinte declaração: “é importante que o Irã compreenda que um ataque contra os americanos ou seus interesses irá receber uma resposta apropriada.”

Ao comentar sobre os incidentes de vandalismo contra os navios, o porta-voz do Ministério de Relações Internacionais do Irã, Seyyed Abbas Mousavi, afirmou em uma declaração publicada pela agência de notícias IRNA na segunda-feira que os incidentes eram “perturbadores e lamentáveis,” exigindo esclarecimentos sobre as dimensões do incidente.

Mousavi advertiu contra “qualquer tentativa maliciosa de conspiradores para sabotar a estabilidade e a segurança na região,” pedindo “aos países da região que permaneçam alertas sobre essas investidas por agentes estrangeiros.”

O Estreito de Hormuz, uma das principais rotas marítimas energéticas do mundo, testemunhou uma guerra retórica entre Teerã, Washington e os Estados do Golfo.

O Irã recentemente ameaçou se aproximar do Estreito de Hormuz, rota vital das remessas petrolíferas internacionais, em contrapartida ao movimento americano de encerrar isenções sobre as exportações de petróleo iranianas, de acordo com as sanções dos Estados Unidos contra o país persa.

Garantir a segurança da região do Golfo, cujos mares conduzem quase metade do abastecimento de petróleo do mundo, é uma das tarefas da Quinta Frota dos Estados Unidos no Bahrain.

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