A violência renovada na Síria deslocou cerca de 180.000 pessoas nas últimas duas semanas, de acordo com mais de 70 ongs de ajuda humanitária.
As ongs acrescentaram que a situação no noroeste do país chegou a um nível de crise devido ao movimento das forças do regime sírio, enquanto o presidente sírio, Bashar Al-Assad, busca retomar o controle do último reduto da oposição, informou ontem o serviço de notícias online Árabe 48.
A violência renovada acabou com um acordo de cessar-fogo mediado pela Turquia, que apoiava a oposição, e a Rússia, que apoiou o regime sírio. O cessar-fogo foi alcançado em setembro do ano passado.
As ongs pediram a todas as partes envolvidas para que acabem com a violência que levou ao deslocamento de cerca de 180.000 residentes somente nas últimas duas semanas.
Cerca de três milhões de pessoas vivem na área entre Hama e Idlib, controlada pela oposição. As hostilidades levaram pelo menos 16 ongs de ajuda humanitária a suspender suas atividades na área, algumas das quais pararam de funcionar depois que suas instalações foram atacadas.
A ong Médicos pelos Direitos Humanos disse que, durante as últimas quatro semanas, documentou nove ataques a hospitais e instalações médicas pelo regime sírio e seus aliados russos. A ong também disse ter registrado ataques a 15 instalações médicas e 16 escolas, que ficaram grave ou completamente danificadas.
Enquanto isso, a Anistia Internacional pediu que o Conselho de Segurança da ONU se reuna para pressionar a Rússia deixar instalações médicas e educacionais fora de seus alvos, bem como para acabar com os ataques a civis.