Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu o estado crônico da saúde mental nos territórios palestinos ocupados (TPOs), como resultado da violência e da ocupação israelense.
De acordo com a OMS, doenças psiquiátricas representam “um dos maiores desafios de saúde pública” nos territórios ocupados.
Na Faixa de Gaza, em particular, “metade das crianças atingidas pelo conflito devem desenvolver transtorno de estresse pós-traumático”, enquanto “estima-se que 210.000 pessoas, ou seja, uma a cada dez, sofrem de transtornos mentais severos ou moderados na região.”
Sobretudo, declarou a OMS, os territórios ocupados “possuem uma das taxas mais altas de transtornos mentais em adolescentes na região do Mediterrâneo Oriental.
Estima-se que 54 por cento dos meninos palestinos e 47 por cento das meninas palestinas entre seis e 12 anos de idade “conforme relatos, sofrem de transtornos de comportamento e/ou emocionais,” à medida que “o índice absoluto de doença mental” sugere que somente três por cento da população tenha “esperança de vida saudável”.
O relatório da OMS também concede uma perspectiva geral sobre a violência vivenciada pelos palestinos nas mãos das forças de ocupação israelenses.
Segundo o documento, “em 2018, 299 palestinos foram mortos e 29.878 feridos no contexto de ocupação e conflito”, sendo 87 por cento dos mortos e 80 por cento dos feridos concentrados na Faixa de Gaza – proporção atribuída aos protestos da Grande Marcha do Retorno.
Estima-se que 6.239 palestinos foram feridos por munição real, com índice de 113 amputações realizadas na Faixa de Gaza no último ano “como resultado de ferimentos sofridos durante os protestos”, além de “21 casos de paralisia devido a ferimentos na medula espinhal e nove casos de perda de visão permanente.”