O governo de Mahathir Mohamad, primeiro-ministro da Malásia, levantou controvérsia sobre sua oferta de auxílio à causa palestina, informou a Agência Anadolu.
Na noite de quarta-feira (22), ao reiterar o compromisso da Malásia com a luta palestina, Mahathir concedeu bolsas de estudo a palestinos residentes no país, relatou o jornal local The Star.
“O governo decidiu conceder bolsas de estudo através da Organização Cultural Palestina da Malásia (PCOM, da sigla em inglês) a palestinos à procura de cursos de bacharelado, mestrado e doutorado em doze universidades malaias estabelecidas,” afirmou Mahathir em discurso durante o 9° Grande Iftar (jantar do Ramadã) com a comunidade palestina de Kuala Lumpur.
Seu anúncio, no entanto, atraiu críticas nas redes sociais, sob acusações de gastar dinheiro dos contribuintes com estrangeiros ao invés de aplicá-lo em estudantes locais.
Com o intuito de comedir a onda de críticas, Kelvin Yii, parlamentar da base do governo, esclareceu que as bolsas de estudo no valor de 11.47 milhões de ringgits malaios (US$ 2.7) teriam origem de reservas geradas pelas próprias universidades.
“As bolsas não envolverão qualquer financiamento do governo ou afetar bolsas de estudo oferecidas a malaios locais. Isso foi confirmado pelo Vice-Ministro da Educação, Teo Nie Ching, após verificar as informações do anúncio na quarta-feira (22),” registrou Yii em declaração ao jornal local.
“Somente uma das doze universidades envolvidas no programa é pública. No entanto, o financiamento das bolsas deve ter origem da própria universidade, e nenhuma concessão do governo deve ser utilizada para este propósito,” reiterou o parlamentar para elucidar o assunto.