Milhares de refugiados palestinos não poderão retornar aos seus lares no campo de refugiados de Yarmouk, em Damasco, Síria, “tão logo”, afirmou o embaixador Anwar Abdul-Hadi, diretor do Departamento Político da OLP.
Muitos dos edifícios residenciais do campo de Yarmouk podem desabar a qualquer momento e, portanto, estão inabitáveis, prosseguiu Abdul-Hadi, acrescentando que o governador de Damasco pediu análise dos edifícios antes das famílias poderem retornar a seus lares.
O embaixador também observou que o governo sírio concordou em remover os escombros das ruas.
Em 19 de abril de 2018, forças do regime sírio, apoiadas por aeronaves russas, executaram uma operação militar para expulsar militantes do Daesh do campo de Yarmouk. A operação resultou na destruição de 60 por cento do campo.
Refugiados palestinos na Síria sofreram enormes perdas como resultado da guerra civil no país. Muitos deles não podem fugir para os países vizinhos sob o risco de perder o status de refugiados. O Grupo de Ação para os Palestinos na Síria, observatório independente de direitos humanos, declarou que mais de 600 famílias palestinas no campo de refugiados de Daraa sofrem da falta de serviços de saúde e instalações médicas como resultado do conflito.
A entidade enfatizou que a clínica da UNRWA sediada no campo não foi reformada ou reconstruída e sequer foi apresentado um local alternativo para tratamentos médicos, seja dentro do campo ou próximo a ele, para servir seus residentes.