Autoridades egípcias decidiram nesta terça-feira (28) lançar outra investigação e prender novamente o jornalista da Al Jazeera libertado por decisão judicial, na última semana, após dois anos e meio de detenção, segundo informações da Agência Anadolu.
A libertação de Mahmoud Hussein teve início no sábado (25), quando foi transferido da Prisão de Tora para a Delegacia de Polícia de Giza, afirmou a família em uma declaração.
Durante este procedimento, a Promotoria de Segurança do Estado voltou a interrogá-lo sobre uma nova investigação e então prendeu Hussein, cuja ordem de soltura foi emitida em 21 de maio, para ser executada em 15 dias.
Era Sisi – cartum
[Carlos Latuff/Monitor do Oriente Médio]
A família de Hussein não revelou informações sobre as acusações contra ele e anunciou que ele retornou à prisão. “Em meio ao seu processo de soltura, o jornalista da Al Jazeera Mahmoud Hussein foi, ao contrário, devolvido à prisão no Egito sob circunstâncias obscuras,” relatou a Al Jazeera em seu website.
Em 23 de maio, o Tribunal Criminal do Cairo rejeitou um pedido emitido pela promotoria contra a soltura de Hussein.
Hussein foi detido no final de 2016 após retornar do Qatar para sua casa no Egito.
Autoridades o acusaram de “pertencer a um grupo ilegal” e “propagar falsas notícias a fim de desestabilizar o país.”
A rede Al Jazeera foi oficialmente banida do Egito após o golpe militar de 2013 contra Mohamed Morsi, o primeiro presidente democraticamente eleito do país.
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