Hoje (31), dezenas de milhares de iranianos marcaram o feriado anual do Dia de Al-Quds na República Islâmica do Irã com protestos. Entre suas palavras de ordem está a condenação do plano de paz a ser proposto para o Oriente Médio, propagandeado pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump como o “acordo do século”. As informações são da agência Reuters.A televisão estatal iraniana registrou a movimentação de marchas promovidas pelo estado em 950 comunidades em todo o Irã. Os manifestantes exibiram cartazes com slogans como “Jerusalém é a capital eterna da Palestina”, “Morte à América” e “Morte a Israel”.
Os manifestantes também puseram fogo em uma máscara de Donald Trump e bandeiras israelenses e americanas, conforme as imagens publicadas nos sites de notícia iranianos.
No início deste mês, em uma declaração conjunta com o Bahrein, os Estados Unidos declararam que a capital barenita Manama será sede de um seminário econômico. A Casa Branca afirmou que a conferência tem como objetivo “encorajar o investimento econômico em Gaza, Cisjordânia e região,” descrevendo-a como “o primeiro estágio para o plano de ‘acordo do século’, patrocinado pelos Estados Unidos.”
Figuras públicas e empresários palestinos se recusaram a participar da conferência. O Irã reiterou que o evento será um fracasso.
O Iraque também foi local de protestos no Dia de Al-Quds. “O Dia de Al-Quds em Bagdá e em outras províncias, além do resto do mundo, expressa este ano o repúdio ao ‘acordo do século’, planejado por Trump com o intuito de dissolver a causa palestina,” afirmou Mo’een Al-Kathem, membro do conselho provincial de Bagdá.
Soldados das milícias iraquianas marcharam em uniformes de combate, contudo desarmados e sem aparato militar.