Duas mulheres e seis crianças ligadas a membros do Daesh foram deportadas do nordeste da Síria a pedido do governo americano, segundo informações concedidas por autoridades curdas à agência Reuters, nesta quarta-feira.
Os oito cidadãos americanos estão entre as milhares de esposas e crianças dos jihadistas estrangeiros detidas por forças apoiadas pelos Estados Unidos. Em março deste ano, a coalizão derrotou o último posto avançado do Daesh, no leste da Síria, quando então fizeram prisioneiros. As forças lideradas pelas entidades curdas são então responsáveis por deter mulheres e crianças em campos já superlotados, além das centenas de combatentes estrangeiros nas prisões de guerra.
Líderes curdos afirmaram que não podem deter estrangeiros por muito mais tempo e alertaram que os prisioneiros representam uma ameaça à região nordeste da Síria.
No entanto, são poucos os países que querem receber novamente seus cidadãos, cujo julgamento pode ser complexo. O prospecto incitou um grave debate em seus países de origem, onde há pouca simpatia às famílias dos jihadistas.
Abdulkarim Omar, co-presidente de relações internacionais da região de domínio curdo, declarou que os governos estrangeiros parecem agora um pouco mais dispostos a repatriar seus cidadãos, embora “somente nos casos humanitários”. Ele relatou à Reuters esperar que mais mulheres e crianças estrangeiras detidas em território sírio possam ser mandadas para casa no futuro próximo.
Omar registrou que oito americanos estão previstos para chegar nos Estados Unidos nesta quarta-feira.
A administração curda, que controla faixas territoriais no norte e leste da Síria, reiterou apoiar a repatriação de cidadãos estrangeiros, com base em seu “desejo livre e voluntário para retornar aos seus países.”