O ex-general do Exército israelense Yair Golan declarou que Israel pode ser bem sucedido ao invadir a Faixa de Gaza, segundo informações do jornal Israel Hayom.
Yair Golan é ex-chefe do Comando Norte e ex-vice-chefe do Estado Maior das Forças de Defesa de Israel. Ele falava ao jornal sobre suas ambições políticas e sobre a conjuntura nacional. Ao criticar a forma como foi implementado o “desengajamento” em 2005 – retirada unilateral dos colonos israelenses da Faixa de Gaza – Golan defendeu, no entanto, que a decisão foi correta.
“Nos primeiros cinco anos da Segunda Intifada, 147 israelenses foram mortos em Gaza. Desde 2005, 121 israelenses foram mortos lá, incluindo todos os soldados mortos em todas as operações militares,” declarou.
Ao ser questionado sobre a razão de Israel não invadir Gaza, Golan respondeu: “Eles estão com medo de lutar. Medo das perdas. Seriam 500 mortos. Damos muito crédito ao inimigo. Lutar em Gaza não vem sem custo – lutar em um espaço urbano é lutar em solo. O pressuposto é que, caso entremos em Gaza, ficaremos três anos atolados; mas está errado”, ele acrescentou.
Ao se referir ao contexto político geral de Israel, Golan disse ao jornal que, “caso as coisas fossem normais, os dois partidos grandes teriam estabelecido uma coalizão invencível. Setenta Membros do Knesset, uma maioria sólida que também representaria o povo de Israel.”
“As diferenças ideológicas entre o Likud e o Azul e Branco são tênues ou nenhuma,” ele prosseguiu. “Em um mundo funcional, uma coalizão centrista teria sido formada, nem direita nem esquerda, e faria as coisas que a maioria dos israelenses deseja.”