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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Profissionais judeus e israelenses exigem revogação da lei anti-BDS da Alemanha

Palestinos protestam contra decisão do Parlamento da Alemanha em relação ao movimento de BDS, em Gaza, 23 de maio de 2019 [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

Cerca de 240 intelectuais e acadêmicos judeus e israelenses assinaram uma carta enviada ao governo da Alemanha exigindo que não ratifique o projeto de lei que define o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) como “antissemita”.

Caso outorgada a lei, a moção atualmente não vinculativa, aprovada pelo Bundestag – parlamento – em maio, será a primeira lei oficial da Europa a classificar o BDS como antissemita.

Apesar de ganhar apoio entre segmentos vastos dos principais partidos, incluindo os Social-Democratas, o Partido Democrático Liberal, e a União Democrata Cristã (da chanceler Angela Merkel), a lei também atraiu críticas e repúdios amplos e significativos.

Os acadêmicos e intelectuais judeus e israelenses emitiram então uma carta ao governo alemão reivindicando que se oponha à moção e “não a apoie”, pois está “baseada no falso pressuposto de que o BDS equivale ao antissemitismo.”

A carta, publicada tanto em inglês quanto em alemão no site do BDS da Alemanha, declarou que: “Todos rejeitamos a alegação falaciosa de que o BDS como tal é antissemita e defendemos que os boicotes são uma ferramenta legítima e não-violenta de resistência.”

A mensagem também pediu que o governo alemão “mantenha seus financiamentos diretos e indiretos a organizações não-governamentais palestinas e israelenses que desafiam pacificamente a ocupação de Israel.”

Dentre os professores e signatários estão inclusos 24 acadêmicos da Universidade Hebraica, outros 24 acadêmicos da Universidade de Tel Aviv, onze da Universidade Ben Gurion, nove da Universidade de Haifa, cinco do Instituto Weizmann de Ciência e cinco da Universidade Aberta de Israel.

A oposição não veio sem resposta, no entanto. Matan Peleg, presidente executivo da ONG sionista Im Tirtzu, criticou veementemente os signatários ao acusá-los de “hipocrisia e ingratidão”, declarando que eles “ganham a vida às custas do contribuinte israelense e, ainda assim, trabalham pelo boicote e os difamam.”

O movimento de BDS, que opera para desencorajar a compra de produtos manufaturados, cultivados ou explorados nos territórios ocupados palestinos, costuma enfrentar ampla oposição global desde seu início, em 2007. A repressão ao movimento é mais extensiva nos Estados Unidos, onde 24 estados aprovaram leis contra indivíduos e empresas que participam das atividades do BDS.

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