O judiciário tunisiano acusou Basma Khalfaoui, viúva do falecido político esquerdista Chokri Belaïd, que foi assassinado em fevereiro de 2013, de participar de sua morte e esconder seu celular, segundo a agencia Tunis Afrique Presse (TAP).
Khalfaoui afirmou, na quarta-feira, que o subsecretário adjunto da República acusou-a de esconder provas relacionadas ao assassinato de Belaïd e participar de sua morte. Isso se baseia em alegações de que ela havia se apossado do celular do marido.
Esta é a primeira vez que alguém próximo a Belaïd é acusado.
Khalfaoui disse que o celular de Belaïd seria entregue ao Judiciário, se solicitado. Ela também enfatizou que não hesitou em permitir que o tribunal obtivesse qualquer informação sobre os arquivos do assassinato de Chokri Belaïd. “Como o dirigente chegou aos documentos do caso e como os verificou?”, ela pergunta, referindo-se ao presidente da Autoridade Anticorrupção na Tunísia.
A viúva de Belaïd acusa o judiciário tunisiano de “muitas violações da lei com o objetivo de enganar a opinião pública e servir a um determinado partido político” na investigação do caso, que está aberto há mais de seis anos.
Por sua vez, o secretário-geral do Partido Unificado dos Patriotas Democráticos, Ziad Lakhdhar, disse à imprensa, na quarta-feira, que as acusações são um esforço para evitar que a verdade no caso do assassinato de Chokri Belaïd seja revelada.