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Ativista do BDS é banido de eventos pró-Palestina na Alemanha

Khalid Barakat, jornalista palestino [Quds Network]

A Alemanha proibiu o escritor e jornalista palestino Khalid Barakat e sua esposa, Charlotte Keats, de participar de eventos pró-Palestino devido ao seu apoio ao movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).

Barakat vive em Berlim há dezoito meses e trabalha como freelancer, enquanto sua esposa é coordenador internacional do Samidoon – grupo de mídia palestino de apoio aos prisioneiros palestinos. Ambos foram acusados de apoiar o BDS, segundo informações da rede de notícias Arab48 deste domingo (23).

A polícia alemã deteve Barakat no sábado (22) a caminho de um evento sobre a Palestina, organizado por diversos setores da comunidade árabe da capital alemã.

De acordo com o Arab48, a polícia alemã informou Barakat de sua então proibição de participar de qualquer evento político ou cultural, além de encontros familiares com mais de dez pessoas. Caso desrespeite tais restrições, será detido por um ano e forçado a pagar uma multa.

Em uma mensagem no Facebook, o escritor libanês Samah Idris afirmou que Barakat lhe contou sua situação.

A ordem declarou que a decisão foi tomada com base em informação coletada pelos serviços de inteligência alemães “por um longo período de tempo”. Também alegou que Barakat esteve envolvido em uma série de encontros e atividades que “comprovaram” que ele é um “antissemita e anti-Israel.”

Idris também registrou que a decisão alega que Barakat é considerado uma ameaça à paz interna, à medida que incita ódio contra judeus, além de ser membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (PFLP, da sigla em inglês).

No mês passado, o parlamento alemão votou para definir o BDS como antissemita. A moção alegou que “os argumentos, métodos e padrões de discurso do movimento de BDS são antissemitas,” argumentando que os adesivos “não compre” do BDS – divulgados como campanha para identificar produtos de origem israelense a fim de refrear consumidores de comprá-los – “levantam associações com o slogan nazista ‘Não compre de Judeus’” e são “remanescentes da fase mais horrível da história alemã.”

Desde então, o movimento foi severamente criticado. A Autoridade Palestina (AP) reiterou que a decisão é “perigosa”. ONGs palestinas argumentam que tais ações deslegitimam a resistência pacífica.

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