Nesta quinta-feira (27), as autoridades israelenses deram um passo adiante nos planos de construção de um assentamento com 150 novas unidades residenciais na região de Beit Hanina, no território ocupado de Jerusalém Oriental, segundo a organização não-governamental Ir Amim.
O plano, descrito como iniciado para assentamento foi disponibilizado para eventuais objeções, o que significa que o público possui agora 60 dias para submetê-las.
Segundo a ONG Ir Amim, “embora o plano tenha sido oficialmente proposto por um proprietário de terras particular israelense, o membro do conselho da cidade Arieh King, figura de liderança entre os colonos israelenses, busca promover o projeto há muito tempo.”
A posse do terreno em questão é dividida igualmente entre o proprietário israelense e uma companhia palestina. O plano, no entanto, cobre toda a propriedade.
Apesar dos proprietários palestinos terem registrado sua objeção ao plano no Comitê Distrital de Jerusalém, o conselho desconsiderou o recurso e decidiu proceder.
De acordo com a ONG, caso aprovado definitivamente, “o plano permitirá a construção de um posto avançado colonial absolutamente ideológico no coração de Beit Hanina, bairro localizado no perímetro norte de Jerusalém Oriental, cujos limites permaneceram relativamente intocados pelo avanço dos assentamentos israelenses.”
“Considerando que a terra em questão não é distante de Ramat Shlomo, a sudeste, e Pisgat Zeev, a nordeste, sua construção deve marcar o início de um movimento bastante extensivo com o intuito de criar contiguidade entre os dois assentamentos, ao mesmo tempo em que separa os territórios [palestinos] de Beit Hanina e Shuafat.”