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Ministérios de Israel seguram plano de desenvolvimento por excluir a Cisjordânia

28 de junho de 2019, às 11h10

Soldados israelenses montam guarda na estrada que leva ao assentamento israelense de Halamis, na Cisjordânia (Foto de Arquivo)

Ministérios israelenses arquivam um plano de desenvolvimento emblemático devido a objeções ṕor não incluir a Cisjordânia ocupada, segundo informou o Haaretz.

O plano conhecido como Tama 1 é o principal programa de planejamento para as próximas décadas do desenvolvimento de Israel, combinando mais de 300 projetos em áreas tão variadas quanto energia, transporte, uso da água, resíduos, praias e mineração.

Depois que o diretor-geral do Ministério da Agricultura, Shlomo Ben Eliyahu, pediu aos diretores-gerais de outros ministérios que não aprovassem o plano, seu chamado foi apoiado pelo ministro dos Transportes, Bezalel Smotrich.

Membro da União dos Partidos de Direita, Smotrich é um conhecido defensor da colonização israelense na Cisjordânia. Em seu posto atual,é responsável pela infraestrutura de transporte.

De acordo com o Haaretz, Tama 1 deveria seguir para votação pelo gabinete do Ministério das Finanças nesta semana, mas isso não vai acontecer agora, devido à demanda de Ben Eliyahu.

O questionamento de Ben Eliyahu levanta uma questão, já que a Lei de Planejamento e Construção não se aplica à Cisjordânia, e assim não fica claro como o plano mestre poderia se aplicar à região.

Mesmo que a preocupação de Ben Eliyahy seja com a não inclusão da Cisjordânia, seu apelo foi baseado em argumentos técnicos, como apontou o Haaretz, considerando que Israel está indo para uma nova eleição,

Ele propôs uma série de opções para seguir com o plano, incluindo a sua extensão do“para incluir a terra entre a Linha Verde e a fronteira com a Jordânia” (isto é, a Cisjordânia), ou que o Gabinete Nacional de Planejamento coopere com o plano, a fim de adicionar um plano Tama 1 Leste que cubra a Cisjordânia.