Neste sábado (29), o judiciário tunisiano decidiu manter a prisão de Raed Touati, acusado de pertencer a Al-Qaeda, para investigações sobre uma série de ataques armados.
A decisão foi divulgada em um comunicado de imprensa assinado por Sofien Selliti, porta-voz da Divisão Judiciária de Contraterrorismo.
Selliti esclareceu que o veredito foi dado após “o arquivo do caso Touati (classificado como terrorista de alto risco) ser submetido ao Escritório da Promotoria Pública na Divisão Judiciária de Contraterrorismo na última sexta-feira; os promotores então autorizaram a abertura de investigação sobre as acusações.”
A ordem judicial ocorreu dois dias depois de três ataques terroristas cometidos no dia 27 de junho, última quinta-feira, na Tunísia. Dois dos quais na capital Tunis, resultando na morte de um policial e quatro pessoas feridas. Os atentados ocorreram menos de um ano após um ataque suicida executado por uma mulher no coração da Avenida Habib Bourguiba, na capital do país.
O Daesh (Estado Islâmico) assumiu responsabilidade pelos ataques suicidas na capital, ainda na quinta-feira.
No início de maio, forças de segurança tunisianas prenderam Raed Touati durante uma série de operações policiais preventivas. Naquele momento, Selliti afirmou em um comunicado de imprensa que Touati, preso no aclive do Monte Chaambi, na província de Kasserine, oeste da Tunísia, é classificado como “terrorista de alto risco”.
Selliti reiterou que Touati esteve envolvido em três operações terroristas que resultaram na morte de soldados tunisianos, além de múltiplos feridos.