A Comissão de Detentos e Ex-detidos da Faixa de Gaza, na quinta-feira, pediu às instituições internacionais que ajam contra as violações israelenses dos direitos dos palestinos detidos.
A comissão – afiliada às Forças Nacionais e Islâmicas Palestinas – fez suas exigências em frente à sede da sub-delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Cidade de Gaza após uma reunião com o chefe do CICV, Gilan Devorn, na qual as condições dos detidos em greve de fome foram discutidas.
Ibrahim Mansour, membro do Comitê Central da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, afirmou: “deixamos claro ao chefe da comissão que tomaremos medidas sérias contra qualquer instituição internacional que mantenha um silêncio suspeito sobre as políticas do Serviço Penitenciário Israelense contra os prisioneiros palestinos.
Ele acrescentou que Israel está cometendo violações contra os direitos dos detidos, incluindo negligência médica, maus tratos às famílias dos presos, detenção administrativa (sem acusação) e negação aos cativos do direito de receber roupas.
Mansour indicou que a comissão não iria “aceitar novamente o silêncio das instituições internacionais, que desempenham o papel de cúmplices tendenciosos com as autoridades de ocupação”.
Na terça-feira, a Comissão de Detentos e Ex-Detidos anunciou que o número de detidos em greve de fome contra a política de detenção administrativa subiu para 11.“Prisioneiros em greve de fome sofrem complicações de saúde, mostram sinais de fadiga, fraqueza e dificuldades de movimento, além de palidez, tontura e dores de cabeça, além de dor nas articulações”, informou.
Segundo as estatísticas oficiais, há 5.700 presos palestinos nas prisões israelenses, incluindo 45 mulheres, 230 crianças e 500 presos administrativos; além de 1.800 cativos que sofrem de doenças, incluindo 700 que precisam de tratamento permanente e acompanhamento médico.