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Egito corta subsídios de combustível pela quinta vez

Egípcios em um posto de gasolina [Foto de arquivo]

Autoridades egípcias anunciaram nesta manhã (5) que reduziram os subsídios aos combustíveis mais uma vez, elevando o preço da gasolina e do diesel em 22%.

Nas condições estabelecidas por um empréstimo do FMI em 2016, o Egito prometeu reduzir os subsídios aos combustíveis a fim de poupar US$ 12 bilhões. Enquanto elementos dentro da mídia estatal procuram justificar o corte como necessário para alcançar a justiça social, grande parte da população discorda.

As medidas de austeridade atingiram os egípcios comuns, que já estão sofrendo com a alta taxa de desemprego e o aumento dos preços. Metade do país vive abaixo da linha da pobreza e conta com subsídios do governo, que constituem um quarto do orçamento do Estado.

No começo do ano, o governo elevou o preço dos ingressos de cinema, passagens de trem e passagens de metrô e, no verão, elevou o preço da água potável. O preço da eletricidade foi aumentado em cerca de 15% em maio.

Depois que o Egito lançou a libra egípcia em 2016, sua moeda caiu pela metade em relação ao dólar dos EUA e impulsionou a inflação acima de 30%.

O empréstimo do FMI foi planejado para dar o pontapé inicial na economia após a queda que se seguiu ao levante árabe de 2011. Desde então, os ataques terroristas e os terríveis violações aos direitos humanos no Egito têm mantido os turistas longe do país, o que exacerbou o problema, já que o turismo já foi uma grande fonte de renda para o Egito.

Embora o presidente Abdel Fattah Al-Sisi tenha chegado ao poder com a promessa de reformar a economia, ele foi criticado por não fazê-lo. Uma campanha on-line no ano passado sob a hashtag #Sisi_leave convidou o general a renunciar.

Em resposta, ele disse que precisa de mais tempo e pediu a todos os egípcios que façam sacrifícios para ajudar a revitalizar a economia, mas seus críticos apontam que a elite está sendo poupada do esforço de austeridade.

No início do ano, foi relatado que as autoridades planejavam aumentar as receitas tributárias públicas em 131% nos próximos quatro anos, apesar do fato de que uma lei anterior permitia que os salários das altas autoridades estatais fossem aumentados.

Al-Sisi aumentou regularmente as aposentadorias militares desde que assumiu o poder, e mais recentemente, no final de junho, quando também aumentou os salários dos funcionários públicos em 15% a partir de 1º de julho.

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