A Igreja Ortodoxa Grega solicitará na próxima semana uma decisão final da Suprema Corte de Israel que aprovou a venda de suas propriedades na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ao grupo pró-assentamento Ateret Cohanim.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth informou que a petição argumentará que a venda da propriedade foi baseada em suborno e que as figuras da igreja que assinaram o acordo eram corruptas, imediatamente fugindo do país após a assinatura.
No mês passado, a Suprema Corte decidiu que a igreja não forneceu provas suficientes de que o acordo foi feito fraudulentamente.
O porta-voz da Igreja Ortodoxa Grega, Issa Musleh, disse à agencia AFP que a venda só foi possível graças a documentos falsificados.
O negócio ocorrido em 2004 provocou a ira palestina generalizada e levou à demissão, em 2005, do Patriarca Irineos I.
“Os colonos querem assumir nossa herança”, enfatizou Musleh.
De acordo com Yedioth Ahronoth, a petição será baseada nas contas de Ted Bloomfield, diretor do Petra Hotel, uma das propriedades vendidas. Ele disse que Ateret Cohanim havia lhe pago dinheiro durante anos para impulsionar a venda do hotel.
Ele também disse que o diretor do Ateret Cohanim, Matti Dan, subornou o vice do patriarca Irineos I e o contador da igreja durante anos para facilitar o acordo.