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Israel está se preparando para uma guerra com Irã e aliados nos próximos dois anos

O jato de combate da Força Aérea Israelense – F-35 (à esquerda) e o modelo mais antigo F-16 –, em 13 dezembro de 2016 [Força Aérea Israelense/WikiMedia]

Nesta sexta-feira (12), o Ministro de Cooperação Regional de Israel, Tzachi Hanegbi, afirmou que Israel está se preparando para uma “possível” confrontação militar com o Irã e com seus braços armados para os próximos dois anos.

Hanegbi – também membro do gabinete de segurança israelense – declarou ao jornal Israel Hayom que “a possibilidade de haver uma confrontação militar com o Irã e seus braços armados é maior do que a possibilidade de não haver uma guerra”.

O ministro reiterou que a questão não está relacionada a “se irá ocorrer, mas sim sobre o tempo apropriado”.

Hanegbi alegou que a guerra com o Irã “já avançou de um conflito por procuração para uma guerra direta,” acrescentando que “haverá uma guerra entre nós [Israel] e o Irã, direta ou indireta. É impossível evitá-la e nos tornaremos mais agressivos com o tempo.”

Em relação à Síria, Hanegbi afirmou que há no território vizinho 10.000 combatentes pertencentes à Guarda Revolucionária Iraniana, além de estimar que o arsenal do Hezbollah, no Líbano, atualmente compreenda cerca de 160.000 foguetes.

Sobre as razões para um confronto, Hanegbi disse: “Israel não continuará a tolerar o preço da guerra, isto é, permitir o avanço dos iranianos para reposicionar a si mesmos na Síria […] Precisamos avariar este reposicionamento; caso contrário, teremos um reino de terror às nossas fronteiras.”

Hanegbi reiterou: “Queremos que o Irã saiba que essa aventura na Síria não é útil e que não há esperanças para eles se reposicionarem ali […] Eles podem até pensar que nós [Israel] possamos parar de exercer nosso poder de dissuasão, mas isso não irá acontecer.”

Sobre o que queria dizer por “confrontação direta”, Hanegbi esclareceu: “Nós os atingimos e eles respondem sem nos ferir. Os iranianos são capazes de utilizar foguetes a partir do Iraque e operar a partir do Líbano ou do próprio Irã.”

O ministro concluiu: “Encerraremos qualquer confronto com a vitória. Sabemos como nos proteger de cada ameaça que temos, pois possuímos habilidades defensivas que eles não possuem.”

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