Na noite da última quarta-feira (10), confrontos entre as forças do regime sírio e grupos de oposição armada mataram 71 soldados no noroeste do país, segundo informações do Observatório Sírio para Direitos Humanos divulgadas ontem.
Os confrontos eclodiram após grupos armados, incluindo o Hayat Tahrir Al-Sham – coalizão militar liderada por um ex-membro da Al-Qaeda –, lançarem um ataque para tomar a aldeia de Hamamiyat, “altamente fortificada”, no noroeste da Síria.
De acordo com o observatório, o ataque resultou na morte de 41 membros do exército sírio e 30 rebeldes.
“O conflito continuou na manhã de quinta-feira e as forças do regime lançaram uma contra-ofensiva para retomar a aldeia,” afirmou Rami Abdul Rahman, chefe do observatório, à agência de notícias internacional AFP.
Abu Khaled Al-Shami, porta-voz militar do Hayat Tahrir Al-Sham, relatou à AFP que “o ataque começou à noite contra os postos do regime em Hamamiyat e resultou no controle da aldeia e de sua elevação estratégica”.
Naji Mustafa, porta-voz da Frente de Libertação Nacional, de oposição ao governo, explicou que “o morro tem bastante importância estratégica devido à possibilidade de vigiar… rotas de suprimento às forças inimigas,” referindo-se às forças do regime sírio.
Confrontos entre forças do regime sírio e rebeldes ocorrem há semanas na província de Hama, no interior do país. Em junho, cerca de 250 combatentes de ambos os lados foram mortos em apenas três dias.