Dirigentes do grupo terrorista Al-Qaeda foram recrutados pelo Bahrein em uma conspiração secreta para assassinar chefes de grupos da oposição, proeminentes dissidentes e ativistas, de acordo com um documentário sensacional transmitido pelo canal de notícias em língua árabe da Al Jazeera.
Intitulado “Playing with fire”, o documentário de 52 minutos expôs gravações e comunicações entre a inteligência do Bahrein e membros da Al-Qaeda para formar uma célula secreta com a autorização do rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al-Khalifa.
O documentário afirma que o rei Hamad interveio pessoalmente para garantir o sucesso das etapas ao mandar libertar um dos comandantes da Al-Qaeda, Mohammed Saleh, quando foi preso na Arábia Saudita.
O Irã estava entre os alvos. O documentário descobriu que oficiais da inteligência do Bahrein se reuniram com grupos terroristas ligados à Al-Qaeda, baseados na província de Baluchistão, no sudeste do Irã, para coordenar as operações dentro da República Islâmica.
Saleh, chefe da Al-Qaeda no Bahrein, aparece confessando ter se encontrado com autoridades da Agência Nacional de Segurança que lhe pediram que liderasse uma célula para assassinar dissidentes xiitas em 2003. Saleh disse que fez ligações com líderes da Arábia Saudita para fornecer informações e braços para executar o plano.
O Bahrein, que apoiou fortemente a coalizão do Golfo, boicotando o Catar e alegando, entre outras coisas, que Doha apóia organizações terroristas, negou as alegações feitas no documentário.