Istambul, capital cultural da Turquia, bateu um novo recorde de turismo ao receber 5.42 milhões de turistas nos cinco primeiros meses de 2019.
A Diretoria de Cultura e Turismo de Istambul afirmou que o número de turistas estrangeiros em Istambul de janeiro a maio deste ano representa um aumento de onze por cento comparado ao mesmo período de 2018.
Este é o maior índice de turismo em Istambul dos últimos cinco anos. Turistas alemães são os primeiros na lista, seguidos por iranianos, russos e iraquianos.
Os números foram divulgados em paralelo a um movimento da Arábia Saudita de desencorajar seus cidadãos a viajar para a Turquia. A monarquia alerta seus turistas para um aumento dos casos de roubo de passaportes sauditas em Istambul.
Ao longo dos últimos anos, as relações entre os dois países tornaram-se cada vez mais estremecidas, seja por diferenças diplomáticas ou pelo envolvimento das duas potências regionais na guerra civil da Síria. As tensões escalaram ainda mais devido, em particular, ao apoio turco ao Catar após a imposição de um bloqueio ao país do Golfo pela monarquia saudita e seus aliados – Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Egito – a partir de 2017.
A relações atingiram o ponto crítico após o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, residente nos Estados Unidos, dentro do consulado saudita em Istambul, em outubro de 2018. Após meses de investigações sobre o assassinato e revelações de que agentes sauditas mataram Khashoggi sob ordem direta do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman, a Turquia reiteradamente apelou à comunidade internacional para priorizar o caso e responsabilizar os culpados pelo crime.
Em reação, a monarquia decidiu realizar uma campanha para encorajar o boicote à Turquia de todas as formas possíveis. A campanha reuniu apoio entre nobres e personalidades sauditas. Faisal Bin Bandar, influente governador de Riad, em um gesto simbólico, recusou-se tomar uma xícara de café turco, o que incitou o chamado por boicote a produtos importados da Turquia.
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