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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Ministério da Saúde de Gaza alerta para falta sem precedentes de remédios e suprimentos médicos

Criança recebe atendimento médico em um hospital em Gaza [Foto de arquivo]

O Ministério da Saúde Palestino na Faixa de Gaza disse na terça-feira (16) que está enfrentando uma escassez “sem precedentes” de remédios e suprimentos médicos essenciais.

“A crise médica nos hospitais e centros de saúde é a mais difícil dos anos do cerco israelense à Faixa de Gaza”, disse o ministério em um comunicado.

A demanda anual de medicamentos e suprimentos médicos do ministério é de 40 milhões de dólares. No entanto, durante o primeiro semestre deste ano, apenas 10 milhões de dólares foram disponibilizados.

O comunicado registra que a falta privou do tratamento metade dos pacientes da Faixa de Gaza.

O ministério convocou todas as partes envolvidas a tomarem medidas urgentes e eficazes para fornecer medicamentos essenciais a pacientes com câncer, doenças do sangue, insuficiência renal, doenças neurológicas e psicológicas, bem como doenças crônicas.

A Faixa de Gaza sofreu um cerco de mais de 12 anos imposto por Israel, com o apoio do Egito e da comunidade internacional. Bens, comida, ajuda, materiais de construção e outros suprimentos essenciais não foram autorizados a entrar na Faixa de Gaza e as pessoas ficaram impossibilitadas de sair, nem mesmo para ter acesso a cuidados médicos.

A Federação Geral dos Sindicatos Trabalhistas Palestinos informou no ano passado que, como resultado do cerco, o desemprego no enclave quase dobrou para 50%, subindo de 27,2% antes de 2007.

Devido à proibição da entrada de combustível, a única usina de eletricidade de Gaza foi forçada a fechar, deixando civis com apenas 4 horas de eletricidade por dia; exacerbando ainda mais a crise humanitária.

Um relatório divulgado pela ONU no mês passado levantou preocupações de que a Faixa está se deteriorando mais rápido do que o previsto, de tal forma que o prazo de 2020, segundo o qual se dizia que Gaza seria “inabitável”, já pode ter chegado.

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