Um jornalista palestino apátrida foi duas vezes impedido de entrar na Jordânia na noite de domingo (21), enquanto as autoridades israelenses tentavam deportá-lo, informou o Haaretz.
Mustafa Al-Haruf nasceu na Argélia, mas vive com a família em Jerusalém Oriental ocupada desde os 12 anos. Há cerca de 20 anos, Haruf tinha sua autorização de residência em Jerusalém renovada periodicamente.
Mas o Ministério do Interior de Israel “rejeitou o pedido de Haruf para unificação familiar com sua esposa e sua filha de dois anos de idade – sua esposa é de Jerusalém Oriental, e ela e seu filho têm status de residência israelense permanente”.
Haruf foi preso em janeiro por “residir ilegalmente em Israel” e foi detido sem acusação ou julgamento desde então.
Durante o domingo, autoridades israelenses tentaram deportá-lo para a Jordânia em duas passagens diferentes da fronteira, mas as autoridades jordanianas recusaram sua entrada. Haruf foi devolvido à detenção israelense.
Haruf já esgotou vários canais legais e recursos, inclusive na Suprema Corte de Israel, onde o juiz Neal Hendel “decidiu na quinta-feira que cabe a Haruf e seu advogado o ônus de provar que ele não tem direito de residência ou cidadania na Jordânia ou em qualquer outro lugar”.
De acordo com o advogado da Haruf, Adi Lustigman, “o único documento de viagem da Haruf é um salvo conduto que não permite a residência na Jordânia ou em qualquer outro país”.
Lustigman disse à Arab News que as ações israelenses eram “ilegais e imorais”.