Priti Patel, recém indicada Secretária de Assuntos Internos do Reino Unido, prometeu apoiar a decisão do primeiro-ministro de “reescrever radicalmente nosso sistema de imigração”, a fim de manter os terroristas fora do país.
“Queremos inequivocadamente tornar a Grã-Bretanha o maior país do mundo,” escreveu Priti Patel em um artigo publicado na edição desta semana do jornal britânico Mail on Sunday.
O artigo confirma que ela manterá posturas preocupantes sobre aspectos cruciais na pasta de direitos humanos no Reino Unido.
Sob essa nova diretriz do governo, Patel promete priorizar imigrantes que agreguem “valor significativo” ao Reino Unido “com base naquilo que as pessoas podem oferecer ao invés de seu local de origem.”
De acordo com a “reestruturação” de Patel, trabalhadores especializados terão de falar inglês e aceitar propostas de trabalho de empresas devidamente registradas pela Secretaria de Assuntos Internos.
A indicação de Priti Patel como Secretária de Assuntos Internos pelo novo Primeiro-Ministro Boris Johnson provocou uma onda de críticas na última semana. Patel teve de renunciar do cargo de secretária de desenvolvimento internacional após uma série de encontros não oficiais com representantes israelenses.
Patel pediu então a funcionários de seu departamento que analisassem a possibilidade do Reino Unido encaminhar reservas financeiras de apoio para um hospital de campo nas Colinas de Golã, território sírio ocupado pelo exército israelense.
Priti Patel é filha de imigrantes. Ainda assim, votou contra proibir a prisão de mulheres grávidas em centros de detenção de imigrantes.
Dentre aqueles que buscaram asilo no Reino Unido no decorrer de 2018, Irã, Iraque e Eritreia são as principais nacionalidades.
Sob o Sistema de Reassentamento de Pessoas Vulneráveis, o Reino Unido se comprometeu a relocar 20.000 refugiados sírios. Até o fim de 2017, 10.538 imigrantes chegaram ao país por meio do programa.
Na última semana, cem líderes religiosos escreveram uma carta ao primeiro-ministro como apelo para que seu governo aceite ao menos 10.000 refugiados por ano. Johnson anunciou anteriormente que o Reino Unido aceitaria no máximo 5.000 refugiados em 2020-2021.