Nesta segunda-feira (29), Ali Adubisi, chefe da Organização Saudita-Europeia por Direitos Humanos, com sede em Berlim, denunciou em sua conta no Twitter que promotores sauditas demandaram pena de morte ao ativista xiita Mohamed Issa Al-Labbad, devido à suas atividades pacíficas em defesa de presos políticos e à sua liderança nas manifestações por direitos humanos.
النيابة العامة في #السعودية تطالب بإعدام المدافع عن حقوق الإنسان محمد عيسى آل لباد @mohmeed_e على خلفية أنشطة سلمية في الدفاع عن المعتقلين وقيادة مظاهرات تطالب بالحقوق المدنية والسياسية.
— علي الدبيسي (@ali_adubisi) July 29, 2019
Em agosto de 2017, Al-Labbad e outros ativistas entregaram-se à polícia após seus nomes serem divulgados em uma lista de 23 sauditas procurados pelas autoridades. O Ministro de Assuntos Internos da Arábia Saudita declarou, na época, que a iniciativa de se entregar às autoridades seria “levada em consideração” durante os julgamentos.
Ali Adubisi e sua entidade também denunciaram que, após a rendição de Al-Labbad, o governo passou a assediar todas as pessoas próximas do ativista xiita, ao impedí-las de utilizar serviços públicos e mantê-las sob sentimento de ameaça. A série de assédios e violações de direitos humanos ocorreu somente dois meses depois da coroação de Mohamed Bin Salman como príncipe herdeiro.