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Manifestantes querem que Israel admita o sequestro de crianças iemenitas

Judeus de Aden, Iêmen, aguardam evacuação para Israel, em 1° de novembro de 1949 [Twitter]

Israelenses de origem iemenita protestaram em frente às residências do Presidente de Israel Reuven Rivlin e do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. Os manifestantes reivindicam que Israel reconheça o que descrevem como um sequestro de crianças iemenitas patrocinado pelo Estado durante os primeiros anos da criação de Israel.

O jornal Haaretz divulgou ontem que 200 pessoas participaram da manifestação, realizada na quarta-feira (31), perto das residências de Rivlin e Netanyahu.

“Os manifestantes carregavam cartazes com imagens das crianças e as datas que, segundo eles, foram sequestradas,” relatou o jornal.

Em 2001, uma comissão do governo foi encarregada de investigar as alegações de desaparecimento de crianças. Mais tarde, a comissão concluiu que “não há nenhuma evidência do sequestro sistemático de crianças iemenitas.”

Segundo o jornal, “o comitê atual e os dois comitês anteriores concluíram que a maioria das crianças morreu por uma série de doenças.”

Familiares e especialistas legais questionaram a performance e o profissionalismo da comissão. A imprensa publicou uma série de reportagens investigativas sobre o assunto.

Em 2016, o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu afirmou: “A questão das crianças iemenitas é uma ferida aberta que continua a sangrar. Muitas famílias não conhecem o destino de suas crianças desaparecidas e estão em busca da verdade.”

A manifestação foi organizada pela Fundação Amram para marcar “uma dia para trazer consciência sobre as centenas ou milhares de crianças desaparecidas nascidas de imigrantes judeus do Iêmen, além de outros países do Oriente Médio e dos Balcãs.”

Segundo o Haaretz, a entidade cancelou uma reunião agendada com o Presidente de Israel Reuven Rivlin quando “[ele] se recusou a reconhecer oficialmente o que a fundação descreveu como uma injustiça a essas comunidades.”

As minorias em Israel costumam queixar-se daquilo que chamam de “discriminação oficial praticada pelas instituições israelenses.”

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