O grupo islâmico armado al Qaeda atacou um campo militar no sul do Iêmen nesta sexta-feira (2), resultando na morte de 19 soldados, afirmaram fontes de segurança iemenitas. As informações são da agência Reuters.
O ataque é o segundo em dois dias sobre campos de apoio às forças do cinturão de segurança – Brigada al-Hizam. A brigada têm o apoio dos Emirados Árabes Unidos, membro da coalizão árabe reconhecida pelos países ocidentais que enfrenta os rebeldes Houthis, a fim de retomar as faixas territoriais controladas pelo grupo armado.
Os militantes da al Qaeda assumiram brevemente o controle do campo na aldeia de Al Mahfad, no sul da província de Abyan, antes que fosse retomado horas depois por forças iemenitas.
Nesta quinta-feira (1°), um carro-bomba explodiu em um campo militar das forças do cinturão de segurança, na cidade portuária de Aden, ao sul do país.
O Estado Islâmico – Daesh – assumiu a responsabilidade pelo ataque em uma declaração divulgada nesta sexta-feira pela agência de notícias Amaq, porta-voz da entidade. O Daesh alegou que o atentado matou e feriu dezenas de policiais, entre eles o chefe da delegacia. O Ministério de Assuntos Internos do Iêmen declarou somente treze policiais mortos.
A coalizão islâmica sunita interveio no Iêmen em 2015, com o intuito de restaurar o governo reconhecido internacionalmente após ser deposto na capital Sanaa, no fim de 2014, pelos Houthis. O governo então teve de mudar-se para a cidade portuária de Aden.
O conflito é amplamente considerado na região como uma guerra por procuração entre Arábia Saudita (sunita salafita) e o Irã (xiita). O estado iraniano nega qualquer envolvimento nos conflitos no Iêmen.