A Arábia Saudita enviou reforços militares para a cidade de Aden, no sul do Iêmen, ontem, disseram fontes locais.
Nos últimos três dias, forças do chamado “cinturão de segurança” – apoiado pelos Emirados Árabes Unidos em Aden – iniciaram uma campanha de prisões e deportação forçada de cidadãos das províncias do norte, horas após os Houthis terem visado uma parada militar, matando um comandante militar veterano.
Fontes locais e testemunhas informaram que veículos militares e tripulações sauditas foram vistos da província de Shabwa em direção a Aden. Também disseram que mais forças de segurança serão enviadas, em especial as que deverão se juntar à guarda presidencial, liderada pelo brigadeiro Nasser Abd Rabbuh, filho do atual presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi.
A medida está sendo vista como prova de que a Arábia Saudita está buscando expandir sua presença militar em Aden, enquanto os Emirados Árabes Unidos anunciam que planejam reduzir sua presença na cidade do sul.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos fazem parte de uma coalizão que luta no Iêmen contra os houthis, que são apoiados pelo Irã e as forças leais ao presidente deposto Ali Abdullah Saleh. A coalizão entrou na guerra em 2015 para restabelecer o presidente Hadi, apoiado pela ONU. No entanto, constatou-se que os EAU estão apoiando o Conselho de Transição do Sul em um esforço para dividir o Iêmen em dois países, norte e sul, ao contrário dos objetivos da coalizão.