Os beduínos árabes que vivem na aldeia “não reconhecida” de Al-Araqeeb receberam a ordem de pagar 1,6 milhão de shekels (US $ 0,46 milhão) para cobrir o custo da demolição de suas moradias pela ocupação israelense..
Al-Araqeeb foi derrubada ontem pela 149ª vez, na terceira demolição no espaço de duas semanas. Desta vez, a polícia israelense invadiu a vila e desmantelou as tendas dos moradores e as jogou em seus veículos de tração nas quatro rodas. Não trouxeram escavadeiras ou tratores.
As forças de demolição deixaram a aldeia depois de confirmado que todas as tendas pertencentes aos moradores haviam sido derrubadas, destruídas e removidas.
Soldados retornaram nesta manhã para prender um dos moradores de Al-Araqeeb, Salim Mohammed Al-Turi Abu Medegham.
Localizada no deserto de Negev (Naqab), a vila é uma das 51 aldeias árabes “não reconhecidas” na área e é constantemente alvo de demolição para dar lugar aos planos de judaização do Negev e construção de casas para as comunidades judaicas. Os tratores israelenses, pelos quais os beduínos são cobrados, demoliram tudo, das árvores aos tanques de água, mas os moradores de beduínos tentam reconstruír a aldeia todas as vezes.
Os beduínos no Negev devem obedecer às mesmas leis que os cidadãos judeus israelenses. Eles pagam impostos, mas não gozam dos mesmos direitos e serviços que os judeus em Israel, e o Estado se recusa repetidamente a ligar as cidades à rede nacional de abastecimento de água e a outros serviços vitais.
Ao julgar o caso, o tribunal israelense disse que os aldeões haviam “invadido terras do Estado”, ao reconstruirem suas casas demolidas.