O Ministério de Recursos Religiosos da Autoridade Palestina revelou que as forças de ocupação israelenses executaram 75 violações à santidade da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, e da Mesquita Abraâmica (Túmulo dos Patriarcas), em Hebron (Al-Khalil), somente no último mês de julho. Também denunciou que o acesso dos muçulmanos à Mesquita Abraâmica sofre mudanças quase diárias.
Segundo um relatório divulgado pelo ministério, somente em julho, as forças israelenses também invadiram diversas vezes a área de orações islâmicas próxima ao Portão Al-Rahma, evacuaram o local e prenderam ou expulsaram os religiosos. Além disso, Israel proibiu o chamado à oração na Mesquita Abraâmica em 46 ocasiões diferentes durante o mesmo mês.
O ministério alertou para os riscos de aumentar cada vez mais a permanência, as incursões e invasões de colonos israelenses ilegais ao Nobre Santuário da Mesquita de Al-Aqsa, no território ocupado de Jerusalém. No mês passado, por exemplo, um colono tomou seu tempo no local para realizar rituais talmúdicos dentro da Mesquita do Domo da Rocha e outros colonos tentaram fazer o mesmo no Portão Al-Rahma.
Os israelenses, insistiu o ministério, tentam sistematicamente excluir os muçulmanos do Nobre Santuário de Al-Aqsa, chamado pelos judeus de “Monte do Templo”. Planos já estão preparados para eventualmente destruir o santuário e construir um templo sobre as ruínas das mesquitas locais.
Além disso, o relatório destacou que cerca de 3.500 colonos judeu-israelenses invadiram a Tumba de José, na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, sob pesada escolta militar, a fim de realizar rituais talmúdicos no local.