Um programa destinado a melhorar a voz da Palestina, global e profissionalmente, foi lançado em Nablus na Segunda Conferência para Expatriados Palestinos. A “Iniciativa Embaixador da Palestina” dará acesso a qualquer pessoa que queira representar a causa palestina de forma pública a fatos concretos e as habilidades necessárias para fazê-lo. A iniciativa foi debatida no evento Palestine Expo do mês passado, realizado no Olympia de Londres.
De acordo com a diretora da Stream Media Consultancy, Rawan Damen, o objetivo é estabelecer bases comuns e desenvolver uma linguagem comum. “A Iniciativa Embaixador da Palestina espera abrir a porta para quem busque se especializar na questão, ao mesmo tempo em que eleva os níveis de qualificação e fortalece a voz da Palestina, tanto local como globalmente”, explicou ela.
A iniciativa consiste em uma plataforma de ensino disponível em três idiomas: árabe, inglês e espanhol. É baseada em aprendizado remoto em horários e ritmo que sejam convenientes para o aluno, de qualquer lugar do mundo, através de vários materiais audiovisuais e impressos. A duração será de nove meses até a diplomação, sendo que qualquer pessoa pode se inscrever através do site, independentemente de sua idade, nacionalidade original ou local de residência.
“A ideia nasceu devido à contínua demonização dos palestinos em vários países árabes e a enorme pressão para que normalizam as relações com o projeto sionista”, disse Damen, fundadora da iniciativa. “O mundo digital abre horizontes muito amplos para a comunicação entre as pessoas. Como tal, é necessária uma plataforma que forneça a participantes informações precisas e apresentações por áudio. ”
Ela acrescentou que tais embaixadores são necessários por Jerusalém, por Safed, pelo meio ambiente e pela água na Palestina, bem como um embaixador pelos palestinos do Líbano e até para os palestinos do Chile. A causa de todos os palestinos em todos os lugares precisa ser destacada e promovida.
A iniciativa tem parcerias com várias organizações, incluindo a Conferência Popular para Palestinos no Exterior, o Observatório Marroquino Contra a Normalização, o Centro Palestino para Pesquisa Política e Estudos Estratégicos (Masarat), a Academia de Estudos sobre Refugiados, a Campanha Internacional pela Preservação da Identidade Palestina. (Intimaa), a Dar Al-Awda para Pesquisa e Publicações, a Associação de Engenheiros da Jordânia, Engenheiros da Palestina e Jerusalém, a Associação 302 de Defesa dos Direitos dos Refugiados e a Organizaãço Thabit pelo Direito de Retorno.
A plataforma deverá estar operacional no próximo mês. O ensino e as discussões on-line serão complementados por um concurso no próximo ano.