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Arábia Saudita registra 145 violações contra mulheres sob Mohammad bin Salman

Mulheres sauditas em Riad, 15 de dezembro de 2018 [Faiez Nureldine/AFP/Getty Images]

Durante um encontro com o parlamentar russo Dmitry Sablin, o Presidente da Síria Bashar Al-Assad anunciou mudanças militares e políticas “positivas”, conforme divulgou ontem (20) o jornal Al-Watan Voice.

Uma declaração publicada pela organização de veteranos Irmandade da Batalha relatou que Assad está avançando em direção à cidade estratégica de Khan Sheikhoun e que militantes armados na região estão em fuga para a Turquia.Tais eventos ocorrem à medida que o exército sírio realiza progressos na província de Idlib, um mês depois do início de uma ofensiva militar de larga escala com o objetivo de recapturar a área. Até então, recuperou bolsões estratégicos da região.A organização internacional de direitos humanos We Record documentou 145 violações contra mulheres na Arábia Saudita sob o governo do príncipe-herdeiro Mohammed bin Salman (MBS).

A entidade destacou que as violações contra prisioneiras mulheres entre 2017 – ano em que assumiu o governo – e 2019 são ainda mais severas do que aquelas cometidas entre 2010 e 2014.

Segundo as estatísticas da We Record, ao menos dezesseis mulheres foram submetidas a torturas psicológicas e nove a torturas físicas, incluindo espancamentos, chibatadas, choques elétricos e afogamento seco. Seis mulheres sofreram abusos sexuais.

Mulheres também são vítimas de desaparecimentos e ameaçadas de estupro e assassinato nas prisões secretas administradas pela Presidência de Segurança do Estado da Corte Real. Um novo quartel-general foi dedicado a torturar detidos, dirigido justamente por Saud Al-Qahtani, acusado do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

Outros centros de detenção na Arábia Saudita foram descritos como “casas dos horror” e “casas de repouso dos oficiais”.

A ativista Loujain Al-Hathloul foi torturada repetidamente durante interrogatórios após ser presa em maio de 2018 ao se manifestar pelo direito das mulheres de dirigir livremente. Segundo relatos, seus torturadores a diziam: “Ninguém está acima de nós, nem mesmo Deus”.

Al-Hathloul foi chicoteada, eletrocutada e forçada a comer durante o Ramadã. Seu marido foi sequestrado na Jordânia em fevereiro de 2019 e forçado a se divorciar de sua esposa.

No início deste mês, Al-Hathloul rejeitou uma proposta de garantir sua libertação da prisão em troca de uma declaração em vídeo na qual refutaria quaisquer relatos de tortura contra ela.

Khadija Al-Harbi estava grávida quando foi presa e sofreu problemas de saúde que colocaram em risco a vida de seu filho. Ativistas lançaram uma campanha de larga escala nas redes sociais, exigindo que as autoridades a soltassem imediatamente.

Haila Al-Qaseer, de 51 anos, foi a primeira presa feminina da Arábia Saudita, após ser detida em fevereiro de 2015, permanecer desaparecida por duas semanas, ser torturada e forçada a remover seu véu. Ela foi condenada a quinze anos de prisão, além de ser proibida de viajar por outros quinze anos.

A imprensa saudita costuma representar o príncipe-herdeiro como um salvador que concederá empoderamento às mulheres. Entretanto, desde que assumiu o poder, as mulheres detidas em suas prisões sofrem abusos e violações sem precedentes.

O Exército da Síria – com apoio de forças da Rússia – continuou suas operações em direção ao interior de Idlib e ampliou sua pressão sobre Khan Sheikhoun, resultando em derrotas por parte de grupos militantes e de oposição no local.

É o fim da tutela na Arábia Saudita? – cartum [Mohammad Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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