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República de Nauru reconhece Jerusalém como capital de Israel

Palestinos participam de protesto que marca o Dia Mundial de Al-Quds em Gaza, 23 de junho de 2017 [Ahraf Amra/Apaimages]

A República de Nauru reconheceu oficialmente Jerusalém como capital de Israel, seguindo os passos de Estados Unidos, Guatemala e Honduras.

Nauru – uma pequena ilha localizada no Oceano Pacífico, a nordeste da Austrália – anunciou sua decisão em uma carta à missão de Israel na ONU, em Nova Iorque. Na carta, afirma: “A missão de Nauru tem a honra de transmitir a decisão do governo da República de Nauru de formalmente reconhecer a Cidade de Jerusalém como capital do Estado de Israel”.

Embora a carta seja datada de 16 de agosto, o Ministério de Relações Internacionais de Israel confirmou a decisão somente hoje (29). Yisrael Katz, ministro da pasta, declarou em seu Twitter: “Acolho a importante decisão de Nauru de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Mais uma medida que amadurece e dá frutos. Após o reconhecimento histórico de Jerusalém por parte do Presidente [dos Estados Unidos] Donald Trump, outros países tomam agora essa importante decisão.”

Katz prosseguiu: “Continuaremos a fortalecer a posição política de Jerusalém! Continuaremos a trabalhar para trazer mais países ao reconhecimento e à abertura de delegações em Jerusalém.”

O Ministro de Relações Internacionais também compartilhou uma foto sua ao lado de Marlene Moses – embaixadora de Nauru na ONU e embaixadora não-residente de Israel – e David Ben Basat – Cônsul Honorário de Israel.

Nauru segue os passos de uma série de países que reconheceu ou pretende reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Desde o anúncio do Presidente Trump, em reconhecimento unilateral de Jerusalém como capital israelense em dezembro de 2017, e a subsequente transferência da embaixada americana para a cidade, em 28 de maio, Paraguai e Guatemala também assumiram a mesma medida.

Embora o Paraguai tenha inicialmente transferido sua embaixada para Jerusalém, apenas alguns meses depois, decidiu devolver sua missão diplomática à sede em Tel Aviv, o que levou a uma crise diplomática com Israel, resultando no fechamento da embaixada israelense na capital paraguaia Assunção.

Ainda ontem (28), Honduras também anunciou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, seguindo os passos da Guatemala, vizinho da América Central. Juan Orlando Hernandez, Presidente de Honduras, viajará a Israel amanhã a fim de inaugurar um “escritório diplomático” na cidade, que funcionará como extensão da embaixada hondurenha, ainda com sede em Tel-Aviv.

Outros países também consideraram reconhecer Jerusalém como capital israelense e transferir suas embaixadas, incluindo Brasil, Hungria e Moldávia. No entanto, a comunidade internacional, em geral, optou por não seguir os passos controversos de Donald Trump apesar das pressões e lobbies israelenses. Em dezembro de 2018, Israel anunciou a construção de um novo “complexo de embaixadas” que abrigará nove missões diplomáticas em Jerusalém.

Desde então, o Ministério de Relações Internacionais de Israel anunciou um investimento de 50 milhões de shekels (US$ 14,2 milhões) para encorajar países a transferir suas embaixadas à Cidade Santa. O ministério israelense acredita que alguns países demonstrarão disposição para transferir suas embaixadas em troca de apoio financeiro ou diplomático, a fim de fortalecer suas relações com os Estados Unidos.

O fornecimento de recursos financeiros foi fundamental para o desenvolvimento das relações entre Israel e Nauru.

Em 2017, Israel comprou um sistema de tratamento de esgoto para Nauru no valor de US$ 72.000, somente duas semanas depois da ilha votar contra a resolução da Assembleia Geral da ONU que condenava a decisão de Donald Trump em relação a Jerusalém. Apenas nove países votaram contra a resolução. Entre eles, Guatemala e Honduras.

Israel também concedeu a Nauru outras formas de assistência para o seu desenvolvimento. Em 2017, Israel promoveu um programa de treinamento para uma delegação de Nauru com a agência de cooperação internacional israelense Mashav, além de fornecer treinamento médico para especialistas da ilha.

 

 

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