Ao menos 35.000 pessoas no Iêmen enfrentam hoje uma morte precoce devido à falta de tratamento adequado ao câncer, anunciou nesta terça-feira (3) a Organização Mundial da Saúde (OMS). As informações são da Agência Anadolu.
“O câncer pode ser uma sentença de morte no Iêmen quando não tratado,” escreveu a OMS em sua conta no Twitter. “Uma estimativa de 35 mil pessoas morrerão de câncer, caso o tratamento não seja mais oferecido em consequência da falta de recursos. A falta de tratamento aumentará drasticamente o número de vidas perdidas à doença.” Cerca de doze por cento destes pacientes com câncer são crianças, reiterou a organização.
O Iêmen sofre de um conflito armado em larga escala desde 2014, quando rebeldes houthis, apoiado pelo Irã, tomaram grandes porções do país, incluindo a capital Sanaa. Uma coalizão saudita decidiu intervir no conflito em meados de 2015. Ataques aéreos executados pela coalizão têm contribuído para a criação de um enorme crise humanitária no país. Milhões de pessoas enfrentam fome, desnutrição, falta de acesso a água potável, remédios e suprimentos médicos. Centros de saúde costumam fechar devido à guerra e suas consequências.
Mais de 70.000 pessoas foram mortas no conflito desde 2016, segundo estimativas da ONU. Ao menos 2.500 pessoas morreram de cólera desde 2016, doença que afetou cerca de 800.000 iemenitas somente nos últimos dezoito anos. Relatórios recentes indicam o ressurgimento da doença.