Autoridades da ocupação israelenses emitiram três ordens militares para confiscar terras palestinas na província de Belém, na Cisjordânia, a fim de utilizá-las para expandir assentamentos na região, relatou ontem (4) a agência de notícias estatal do Catar QNA.
O chefe do Comitê contra o Muro e os Assentamentos em Belém, Hassan Bureijia, afirmou que a primeira ordem militar refere-se a terras palestinas na área de Al-Makhrour, na cidade de Beij Jala. Ele declarou que a terra pertence ao povo palestino em Beit Jala e no bairro de Al-Khader.
Segundo Burijia, a terra agrária, estimada em centenas de dunams – unidade de área equivalente a 1 km², em Israel –, deve ser utilizada para expandir a estrada exclusivamente judaica número 60, que conecta Jerusalém com o bloco de assentamentos de Gush Etzion.
Bureijia afirmou que a outra ordem militar se refere às terras no bairro de Al-Rashaydeh, a leste de Belém. Ele afirma que essa porção de terra deve ser utilizada para a expansão do assentamento de Maali Amos.
A terceira ordem militar, declarou Bureijia, é relacionada às terras palestinas na aldeia de Taqu, no sul de Belém, e deve ser utilizada para expandir os assentamentos de Nikudim.
Cidades, aldeias e bairros de Belém são submetidos sistematicamente a saques de terra cada vez maiores, em favor da expansão do projeto de assentamentos ilegais de Israel.