O presidente libanês, Michel Aoun, alertou na sexta-feira que Israel suportaria as consequências de qualquer ataque ao seu país, declarando que “qualquer ataque à soberania e à integridade territorial do país terá legítima defesa e Israel suportará todas as conseqüências.”
Isso ocorreu durante a reunião de Aoun no Palácio Baabda, leste de Beirute, com o representante do secretário-geral da ONU no Líbano, Jan Kubis, de acordo com um comunicado divulgado pela presidência libanesa.
“Aoun disse a Kubis que o recente ataque israelense aos subúrbios do sul de Beirute representa uma violação das Regras de Engajamento, alcançadas após a emissão da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU”, explica o comunicado.
A resolução 1701 foi emitida em 11 de agosto de 2006 e aprovada por unanimidade pelo governo do Líbano. As Regras de Engajamento foram então estabelecidas após a guerra, em julho do mesmo ano.
Por sua parte, Kubis afirmou que “o exército libanês destacado ao lado das forças internacionais está cumprindo seu pleno dever na implementação das decisões da autoridade política e do Conselho Supremo de Defesa”.
Desde 25 de agosto, o Líbano está testemunhando tensões crescentes de segurança, com a queda de dois drones israelenses no subúrbio do sul de Beirute, um dos quais explodiu. Além disso, um dos locais do Hezbollah na cidade síria de Aqraba, perto da capital de Damasco, foi alvo de um bombardeio israelense, matando dois soldados do movimento.
Aoun, aliado político do Hezbollah, considerou o acidente dos dois drones como uma “declaração de guerra” no Líbano.
O Hezbollah realizou uma operação na área de fronteira de Avivim, onde alvejou com mísseis anti-tanque uma base do exército israelense e um veículo militar.
O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, confirma que o confronto terminou, mas abriu uma “nova fase” na qual o movimento teria como alvo os drones israelenses que invadam o espaço aéreo libanês.