A ocupação israelense prendeu 120 mil palestinos desde o anúncio do Acordo de Oslo entre a OLP e Israel, em setembro de 1993, revelou Abdel-Nasser Ferwaneh, especialista em questões de prisioneiros, na sexta-feira.
Para absorver esse grande número de prisioneiros palestinos, explicou Ferwaneh, Israel construiu e abriu várias novas prisões.
Ele observou que a detenção diminuiu entre 1993 e 2000, mas aumentou acentuadamente desde 2000, quando a segunda Intifada ou ‘Intifada Al-Aqsa’ começou.
Farwaneh, ex-prisioneiro, afirmou que a prisão israelense inclui homens, mulheres, idosos e menores, confirmando que cerca de 2.000 mulheres e mais de 17.500 crianças foram detidas desde o Acordo de Oslo.
Ele revelou que, nesse período, a ocupação israelense prendeu mais da metade dos deputados palestinos, vários ministros, centenas de acadêmicos, e funcionários de ongs e organizações internacionais durante esse período.
O especialista anunciou que todos os palestinos detidos foram submetidos a pelo menos uma forma de tortura, observando que a prática e o tratamento severo aumentaram recentemente.
Ferwaneh também afirmou que o Knesset israelense discutiu e aprovou mais de 20 leis contra os prisioneiros palestinos.
Desde o Acordo de Oslo, segundo ele, 107 prisioneiros palestinos morreram dentro das prisões israelenses devido a tortura e negligência médica intencional – o caso mais recente foi o de Bassam Al-Sayeh, que faleceu na semana passada.
Além disso, Farwaneh confirmou que dezenas de prisioneiros palestinos morrem após serem libertados, devido a doenças relacionadas à sua prisão..
Atualmente, há cerca 5.700 prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, incluindo 220 crianças, 38 mulheres (mulheres e meninas), 700 doentes e 500 sob detenção administrativa.