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Netanyahu promete, caso reeleito, anexar assentamentos em Hebron

Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu visita o muro externo da Mesquita Abraâmica (Túmulo dos Patriarcas), ao lado de sua esposa Sara, em evento que marca o 90° aniversário de uma rebelião ocorrida em Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia, 4 de setembro de 2019 [Kobi Gideon/GPO/Agência Anadolu]

Na manhã desta segunda-feira (16), o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu declarou “pela primeira vez” que, caso reeleito, anexará Kiryat Arba e outros assentamentos na cidade ocupada de Hebron (Al-Khalil). As informações são do jornal israelense The Jerusalem Post.

Netanyahu fez tais promessas ao conversar com o apresentador Efi Triger em seu programa de rádio Good Morning Israel, transmitido pela emissora Galei Tzahal (Rádio Militar), operada pelas Forças de Defesa de Israel. A promessa ocorre apenas um dia antes das eleições israelenses, chamadas em caso extraordinário pela segunda vez neste ano.

Ao ser questionado por Triger se “o assentamento de Kiryat Arba e a comunidade judaica de Hebron” seria anexada, Netanyahu respondeu: “É claro. Serão parte de Israel. Mas preciso de um mandato para executar este plano.”

O líder do Partido Likud avançou ainda mais em seus comentários de onze dias atrás, quando, durante uma visita a Hebron (Al-Khalil), desapontou colonos ao deixar de lhes prometer a anexação a Israel.

Em entrevista à Rádio Militar, Netayahu relatou que disse ao Presidente dos Estados Unidos Donald Trump: “Planejo aplicar soberania sobre todos os assentamentos, incluindo aqueles em blocos, o território que os cerca e todos os assentamentos e locais que possuem importância para segurança ou patrimônio israelenses.”

“Afirmei que ninguém será expulso, que não reconhecerei o direito [palestino] de retorno e que Jerusalém deve permanecer unificada. Todas essas coisas foram ditas claramente,” reiterou o primeiro-ministro.

Netanyahu também destacou alegações feitas nas últimas semanas, especificamente ao informar que Trump publicará seu chamado “acordo de paz” pouco depois das eleições. “Estamos determinando as fronteiras finais de Israel; deste modo, do ponto de vista estratégico, temos altos e baixos.”

Os comentários do primeiro-ministro sobre Kiryat Arba agregam-se à sua promessa, declarada na última semana, de anexar toda a região do Vale do Jordão, na Cisjordânia, e “aplicar soberania” definitiva a todos os assentamentos israelenses por todo o território palestino ocupado.

No domingo (15), o gabinete israelense reuniu-se no posto avançado ilegal de Mevo’ot Yericho, no Vale do Jordão, onde o governo aprovou a proposta de autorizá-lo retroativamente, o que efetivamente cria um novo assentamento oficial – absolutamente ilegal, como todos os outros, segundo as leis internacionais.

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