O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (16) que seu país se tornou tamanho produtor de petróleo que já não mais precisa das importações do Oriente Médio.
Em sua página do Twitter, Trump declarou: “Porque nos demos tão bem com o setor de energia nos últimos anos (obrigado, Sr. Presidente), somos uma rede de exportação energética e agora somos os primeiros em produção energética do mundo. Não precisamos mais de gás e petróleo do Oriente Médio e, de fato, temos alguns petroleiros aqui, mas ajudaremos nossos aliados!”
No entanto, informações da agência de notícias Reuters desmentem os dados apresentados pelo governo americano: embora o boom de perfuração tecnológica dos Estados Unidos, iniciado há mais de uma década, tenha tornado o país um produtor em larga escala, suas importações de petróleo bruto e produtos derivados provenientes da região do Golfo ainda foram abundantes durante o ano passado.
“De modo geral, ainda importamos boa parte e não estamos totalmente imunes ao mercado global,” relatou à Reuters o especialista Jean-François Seznec, sócio majoritário do Centro de Energia Global do Conselho Atlântico.
No último sábado (14), a Arábia Saudita anunciou que dois ataques foram executados contra refinarias petrolíferas em seu território. O movimento houthi do Iêmen assumiu a responsabilidade pelos atentados.
A Arábia Saudita ainda não corroborou a identidade dos responsáveis e afirmou estar em processo de investigação referente aos ataques que interromperam metade de sua produção energética.
Os Estados Unidos prontamente acusaram o Irã pelos atentados. Os ataques danificaram gravemente a maior refinaria de processamento de petróleo bruto do mundo, o que levou ao maior aumento nos preços do produto em décadas. O Irã, no entanto, desmentiu as alegações americanas.