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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Anistia clama por ‘justiça internacional’ após assassinato de mulher palestina em checkpoint israelense

Forças israelenses bloqueiam estrada como medida de segurança, após uma mulher palestina de 50 anos ser baleada e morta por Israel no campo de refugiados de Qalandia, ao sul de Ramallah, Cisjordânia, 18 de setembro de 2019 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

A organização não-governamental de direitos humanos Anistia Internacional reiterou seu chamado por “justiça internacional” para as vítimas palestinas das forças de ocupação israelenses, após uma mulher ser baleada e morta em um posto de controle de Israel.

No incidente, filmado por testemunhas locais, a mulher palestina – identificada como Alaa Wahdan – foi baleada por forças israelenses no posto de controle de Qalandia. Os oficiais de Israel alegaram tentativa de ataque a faca.

Palestinos e ativistas de direitos humanos de todo o mundo reagiram com indignação frente ao registro. Em declaração divulgada ontem (18), a Anistia Internacional expressou graves preocupações em relação ao assassinato.

“Registro de vídeo do incidente mostra a mulher em pé, a alguma distância dos guardas israelenses, quando foi baleada e morta,” declarou Saleh Higazi, Vice-Diretor para Oriente Médio e Norte da África da Anistia Internacional.

“Ela não parecia carregar nenhuma arma de fogo, tampouco impor qualquer ameaça imediata aos guardas ou às vidas das pessoas nos arredores, quando então abriram fogo,” acrescentou Higazi. “Isso sugere fortemente que seu assassinato possa ter sido ilegal.”

Higazi destacou que “sob a lei internacional, força letal somente pode ser utilizada quando estritamente inevitável e a fim de defender pessoas de risco iminente de morte ou ferimentos graves.”

O assassinato ocorrido ontem não é, de forma alguma, um evento isolado. “Nos últimos anos,” afirmou a Anistia Internacional, “documentamos centenas de casos nos Territórios Palestinos Ocupados (TPOs), nos quais Israel utilizou força letal contra palestinos desarmados, quando estes não representavam qualquer ameaça iminente às vidas dos soldados ou de outras pessoas, executando, portanto, assassinatos ilegais, incluindo casos deliberados.”

Ao destacar o “terrível histórico [das forças israelenses] de violações graves contra direitos humanos universais e a lei humanitária internacional – incluindo uso excessivo de força e assassinatos criminosos,” Higazi declarou que “este padrão de comportamento cresce sem obstáculo algum, devido à absoluta impunidade das forças israelenses que executam tais violações de direitos humanos.”

“O assassinato ocorrido hoje é uma lembrança urgente da necessidade da justiça internacional para que possamos apurar meios de dar fim às violações sistemáticas e institucionalizadas de direitos humanos palestinos, executadas pelo Estado de Israel.”

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