A Polícia de Israel rompeu um acordo estabelecido com residentes locais e líderes do bairro palestino de Issawiya, no território ocupado de Jerusalém Oriental, ao retomar as invasões e agressões nos últimas dias.
Segundo a organização de direitos humanos Ir Amim, após “uma queda modesta na presença policial e nas altercações com residentes locais, por aproximadamente uma semana”, no início de setembro, “incursões policiais hostis realizadas por forças paramilitares foram retomadas, a partir de 7 de setembro, sem qualquer razão evidente”.
Além disso, reiterou a organização Ir Amim, desde 12 de setembro, “forças paramilitares israelenses operam diariamente no local, ao empregar medidas severas, incluindo uso de granadas de atordoamento e gás lacrimogêneo contra espaços confinados.”
Em um incidente citado pela organização, a polícia israelense atirou bombas de gás lacrimogêneo contra a principal mesquita de Issawiya durante as orações da noite, resultando em dezenas de fiéis muçulmanos feridos.
Ir Amim também condenou o resultado das investigações policiais sobre a conduta de oficiais israelenses, que plantaram evidências e armas na casa de um residente local. Segundo o inquérito da corregedoria, os indivíduos em questão “não possuem qualquer responsabilidade” sobre o incidente e “agiram de boa fé”.
Em agosto deste ano, após semanas de invasões e operações agressivas executadas por forças da ocupação israelense contra o bairro de Issawiya, residentes locais “anunciaram que impediriam suas crianças de ir à escola, caso necessário, devido ao ambiente hostil e inseguro gerado pela constante presença da polícia armada”.
“Os pais de Issawiya condicionaram a frequência escolar de suas crianças para o novo ano letivo à interrupção das agressões diárias conduzidas contra o bairro,” reiterou a Ir Amim.
Como resultado desta pressão, o prefeito de Jerusalém Moshe Leon concordou em reduzir a atividade policial no local. Devido ao acordo, agora rompido, as escolas reabriram em 1° de setembro.