Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Polícia de Israel viola acordo para reduzir operações em Issawiya

Manifestantes palestinos erguem cartazes diante da polícia de fronteira de Israel, durante manifestação no bairro de Issawiya, no território ocupado de Jerusalém Oriental, em 12 de novembro de 2014 [Muammar Awad/Apaimages]

A Polícia de Israel rompeu um acordo estabelecido com residentes locais e líderes do bairro palestino de Issawiya, no território ocupado de Jerusalém Oriental, ao retomar as invasões e agressões nos últimas dias.

Segundo a organização de direitos humanos Ir Amim, após “uma queda modesta na presença policial e nas altercações com residentes locais, por aproximadamente uma semana”, no início de setembro, “incursões policiais hostis realizadas por forças paramilitares foram retomadas, a partir de 7 de setembro, sem qualquer razão evidente”.

Além disso, reiterou a organização Ir Amim, desde 12 de setembro, “forças paramilitares israelenses operam diariamente no local, ao empregar medidas severas, incluindo uso de granadas de atordoamento e gás lacrimogêneo contra espaços confinados.”

Em um incidente citado pela organização, a polícia israelense atirou bombas de gás lacrimogêneo contra a principal mesquita de Issawiya durante as orações da noite, resultando em dezenas de fiéis muçulmanos feridos.

Ir Amim também condenou o resultado das investigações policiais sobre a conduta de oficiais israelenses, que plantaram evidências e armas na casa de um residente local. Segundo o inquérito da corregedoria, os indivíduos em questão “não possuem qualquer responsabilidade” sobre o incidente e “agiram de boa fé”.

Em agosto deste ano, após semanas de invasões e operações agressivas executadas por forças da ocupação israelense contra o bairro de Issawiya, residentes locais “anunciaram que impediriam suas crianças de ir à escola, caso necessário, devido ao ambiente hostil e inseguro gerado pela constante presença da polícia armada”.

“Os pais de Issawiya condicionaram a frequência escolar de suas crianças para o novo ano letivo à interrupção das agressões diárias conduzidas contra o bairro,” reiterou a Ir Amim.

Como resultado desta pressão, o prefeito de Jerusalém Moshe Leon concordou em reduzir a atividade policial no local. Devido ao acordo, agora rompido, as escolas reabriram em 1° de setembro.

Categorias
IsraelNotíciaOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments