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Atraso no visto impede fundador do BDS de participar de evento do Partido Trabalhista na Inglaterra

Omar Barghouti, pesquisador, articulista e ativista de direitos humanos palestino, discursa durante uma conferência na Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica, 30 de abril de 2013 [Eric Lalmand/AFP/Getty Images]

Omar Barghouti, co-fundador do movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), não poderá participar de um evento da conferência anual do Partido Trabalhista britânico, devido ao atraso na concessão de seu visto, segundo informações da rede de notícias Palestine Post 24.

A Campanha de Solidariedade à Palestina (PSC, em inglês), entidade pró-BDS, que sediará o evento subsidiário à conferência trabalhista em Brighton, afirmou na sexta-feira (20) que Barghouti terá de apresentar-se ao público por meio de vídeo, devido ao “atraso anormal e inexplicado” da concessão de seu visto pelo governo britânico.

“Este atraso sem precedentes do governo britânico, ao processar o requerimento do visto de viagem de Barghouti, é parte fundamental dos esforços crescentes realizados por Israel e seus aliados para reprimir as vozes palestinas e os movimentos por direitos do povo palestino,” relatou a PSC em declaração.

Barghouti estava previsto para debater na mesa “A Palestina na era Trump”, ao lado de Diane Abbott, Secretária de Estado para Assuntos Internos do gabinete paralelo, e Len McCluskey, presidente da entidade sindical britânica Unite the Union, ambos aliados do líder trabalhista, Jeremy Corbyn.

“Eles receiam que revelemos ao mundo suas mentiras. Temem nossa jornada incansável por liberdade, justiça e igualdade,” afirmou Barghouti, segundo a PSC. Não houve qualquer comentário imediato do Escritório de Assuntos Internos do Reino Unido, responsável por emitir os vistos.

No início do ano, estava previsto que Barghouti participasse de uma turnê em diversas cidade nos Estados Unidos, mas sua entrada foi reiteradamente negada. Na ocasião, o Instituto Árabe-Americano declarou que Barghouti – residente de Acre, casado com uma cidadã árabe-israelense e residente permanente de israel – não recebeu qualquer explicação para ter sua entrada negada, senão somente a justificativa “questão de imigração.”

James Zogby, chefe do Instituto Árabe-Americano, classificou o impedimento de Barghouti como uma “decisão política arbitrária,” e acusou a administração de Donald Trump de trabalhar para “silenciar as vozes palestinas.”

Nos últimos anos, Israel também impediu Barghouti de deixar o país diversas vezes, ao lhe recusar documentos de viagens necessários a residentes palestinos de Israel que não possuem plena cidadania.

A campanha de BDS, movimento pacífico de defesa dos direitos humanos, advoga pela resistência civil por meio de boicotes, desinvestimento e sanções a produtos que financiam a ocupação israelense na Palestina.

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