Sete civis, incluindo duas crianças, foram mortos hoje (23) após três ataques aéreos conduzidos pela Arábia Saudita contra uma mesquita na província iemenita de Amran, ao norte da capital Sanaa.
Segundo a agência estatal de notícias do Iêmen, corroborado por relatos de oficiais de segurança, os ataques aéreos pretendiam atingir a família beduína de Saleh Muqaffah, que buscava abrigo na mesquita local após fugir de sua tenda na região de Al-Sawad.
Desde a meia-noite de domingo (22), a coalizão liderada pela Arábia Saudita executou, ao todo, onze invasões contra Al-Sawad, na província de Amran.
A coalizão saudita voltou a atacar o local a despeito de uma iniciativa de paz anunciada por Mahdi Al-Mashat, presidente do Conselho Supremo, órgão ligado ao movimento houthi, com sede em Sanaa. A proposta de paz foi divulgada na sexta-feira (20), data de aniversário do cerco conduzido contra a capital. A iniciativa determinou a suspensão de todos os ataques em território saudita, a menos que houvesse mais ataques de Riad.
“Aguardamos por uma resposta saudita para dar fim a todos os ataques contra nosso país… resguardamos todos os direitos de nos defender, caso a Arábia Saudita recuse nossa proposta de paz,” afirmou Al-Mashat.
Também na sexta-feira, a Arábia Saudita retomou sua campanha aérea contra a cidade portuária de Hudaydah, também sob cerco militar. Segundo observadores, estes ataques aéreos efetivamente violaram um acordo de cessar-fogo na região, estabelecido com a Suécia e intermediado pelas Nações Unidas.
A ocasião marcou a primeira operação militar saudita em território iemenita desde os ataques contra a Companhia Árabe Saudita de Petróleo (Aramco), na última semana. Os rebeldes houthis assumiram a responsabilidade pelos atentados em território saudita. No entanto, Arábia Saudita e Estados Unidos decidiram culpar o Irã, embora Teerã tenha veementemente negado as acusações.