As autoridades turcas se mobilizaram para proteger os turistas retidos nos país devido ao colapso da operadora Thomas Cook. Hotéis na Turquia receberam ordens de não fazer cobranças adicionais aos turistas, nem dispensá-los até que tenham condições de voar de volta ao Reino Unido. O ministério da Cultura e Turismo fez esse anúncio na segunda-feira, quanto a empresa de viagens entrou em colapso e cancelou todos os seus vôos. Qualquer hotel que não cumpra com a orientação do governo será investigado e sujeito a processos, conforme explicou o ministro Mehmet Ersoy. A maior prioridade, segundo ele, é ter os turistas britânicos de volta à casa em segurança.
Ersoy também disse que, naquele momento, não estava claro se a Thomas Cook alemã também havia falido. Nesse caso, o número de turistas presos poderia chegar a 40 mil ou até 80 mil se aqueles dos países nórdicos e da Rússia estivessem incluídos.
A situação permanecia incerta devido ao fato de que cada país tem sua própria legislação sobre o repatriamento de nacionais do exterior, como apontou o ministro. Ele disse esperar que a situação difícil para os turistas se limite aos britânicos, sobre os quais ele não tinha nada além de elogios. O apoio do Reino Unido à Turquia como destino turístico, segundo ele, foi demonstrado pelo fato de o número de visitantes do Reino Unido não ter caído, mesmo durante a crise do turismo após a tentativa de golpe em 2016.
Após o colapso da empresa britânica, muito popular por seus pacotes de viagens para vários destinos em todo o mundo, o custo de noites extras em acomodações de férias, bem como voos de volta ao Reino Unido com outras companhias aéreas, serão cobertos pelas licensas da empresa Air Travel Organizers License (ATOL) emitidas pela Autoridade de Aviação Civil para operadoras de turismo desde 1973. A ATOL é um esquema de proteção financeira do Reino Unido que cobre a maioria das viagens aéreas vendidas por empresas de viagens com sede na Grã-Bretanha. Estima-se que voos e férias já cancelados por Thomas Cook afetem cerca de 150.000 pessoas.