Ontem, autoridades israelenses demoliram todas as casas e tendas da aldeia beduína palestina de Al-Araqeeb, no deserto de Negev, pela 162ª vez, deslocando seus moradores.
Segundo fontes locais, as forças policiais israelenses e os funcionários da autoridade de desenvolvimento beduína, responsável por essas demolições, invadiram a vila e removeram à força os moradores de suas casas antes de arrasar suas casas.
No início de setembro, as forças policiais israelenses invadiram a vila, destruíram casas e detiveram mulheres e crianças na tentativa de intimidar os moradores locais e forçá-los a deixar a área.
Localizada no deserto de Negev (Naqab), a vila é uma das 51 aldeias árabes “não reconhecidas” na área e é continuamente alvo de demolição antes dos planos de judaizar Naqab, construindo casas para novas comunidades judaicas. As escavadeiras israelenses, pelas quais os beduínos são cobrados em dinheiro, demoliram tudo, desde as árvores até os tanques de água, mas os moradores beduínos tentaram reconstruí-los todas as vezes.
Os beduínos do Naqab devem cumprir as mesmas leis que os cidadãos israelenses judeus. Eles pagam impostos, mas não gozam dos mesmos direitos e serviços que os judeus em Israel, e o estado se recusa repetidamente a conectar as cidades à rede nacional de abastecimento de água e a outras comodidades vitais.
O chefe do Comitê Popular de Defesa de Al-Araqeeb, Ahmed Abu-Mdeghim, disse ao Arab48 que o ataque israelense à vila “ainda continua diariamente”, incluindo detenções, demolições e assustando os moradores.
“Apesar de todo o assédio sistemático, a ocupação israelense não conseguirá nos expulsar de Al-Araqeeb”, disse ele.
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